quinta-feira, 17 de julho de 2014

Adolescentes portugueses são incapazes de gerir finanças pessoais

Estudo da Universidade Portucalense alerta para a necessidade de investir na educação financeira nas escolas e na rotina familiar.

Os alunos do 3.º ciclo e do ensino secundário “não são capazes de gerir as suas finanças, não possuem hábitos de poupança, nem estão familiarizados com a linguagem financeira”, revela um estudo da Universidade Portucalense (UPT), divulgado esta terça-feira. Através de inquéritos por questionários a estudantes do 7.º ao 12.º ano de escolaridade, concluiu-se que os adolescentes portugueses não têm uma formação financeira adequada às necessidades da vida quotidiana.

A autora do estudo, Eugénia Ribeiro, defende que os alunos devem ser formados desde a adolescência para as questões económicas e financeiras, “de forma a adquirirem uma relação saudável com o dinheiro, competências para poupar e planear as suas despesas, tomar decisões e fazer escolhas financeiras, sem grandes oscilações económicas ao longo das suas vidas”.

Em comunicado, Eugénia Ribeiro sublinha a necessidade de investir neste tipo de educação não só nos currículos escolares, mas também nas rotinas familiares: “Para se criar uma educação financeira eficaz é necessário aproximar os pais da escola, pois são eles que transmitem aos jovens os valores e hábitos de compra que começam em casa, e é preciso que o papel da escola passe por disponibilizar conceitos, como custos, poupança, características de um bom empreendedor”.

A autora do estudo, também professora do ensino secundário, advoga que para a instrução financeira se efectivar é preciso torná-la obrigatória, e acrescenta: “A forma mais segura de garantir que esse conhecimento é transmitido é a sua inclusão no currículo escolar”.

Também Érica Nascimento, directora da associação Junior Achievement Portugal (JAP), considera importante a inclusão de uma disciplina dedicada à educação financeira no currículo escolar. A responsável, para quem a conclusão do estudo da UPT não é uma surpresa, acredita que a medida teria impacto já que, afirma, “o comportamento financeiro ensina-se e aprende-se”.

A JAP é uma associação presente em mais de 120 países, nos quais se inclui Portugal desde 2005, que promove programas de literacia financeira – que vão desde um dia a um ano - para crianças e adolescentes a partir dos seis anos. “Pretendemos completar o currículo escolar”, explica Érica Nascimento.
A responsável refere a ausência de educação financeira no sistema nacional de ensino “que, quando existe, é demasiado teórica”, afirma. O tema está incluído nas linhas orientadoras da área curricular Educação para a Cidadania - disciplina autónoma nos 1.º, 2.º e 3.º ciclos do ensino básico –, mas para Érica Nascimento esta mostra-se insuficiente.

Nos jovens dos países do Norte da Europa, por exemplo, a consciência financeira “já lhes está no ADN”, mas em Portugal isso não acontece, afirma Érica Nascimento. Quando as equipas da associação (compostas por profissionais de empresas parceiras) chegam às escolas, percebem que os jovens têm “fracos conhecimentos financeiros”. A JAP tenta contrariar a iliteracia financeira com a implementação de programas que obrigam a “pôr a mão na massa” e que passam, principalmente, pelos temas da gestão do orçamento familiar, empreendedorismo, ética nos negócios, entre outros.

Para Eugénia Ribeiro e Érica Nascimento, a formação financeira permite, a longo prazo, uma melhor qualidade de vida e um país mais sustentável a nível económico e financeiro.

A amostra do estudo, realizado no âmbito do Mestrado em Finanças, foi composta por 136 alunos do ano lectivo 2012/2013, sendo que 55% eram do sexo feminino, 17,6% pertenciam ao 7º ano de escolaridade, 14,7% ao 8º ano, 17,6% ao 9º, 13,2% ao 10º, 19,9% ao 11º e 16,9% ao 12º ano.

Texto editado por Ana Fernandes
Fonte: www.publico.pt

terça-feira, 1 de julho de 2014

10 Dicas para fazer um casamento com quatro mil euros

Planear um casamento com um orçamento apertado não é tarefa fácil. Por isso mesmo, o Saldo Positivo dá-lhe uma ajuda para celebrar este dia.
casamento

Existem menos casamentos em Portugal. Não só porque casar está cada vez menos acessível aos bolsos de muitos portugueses, mas também porque as alterações sociais vieram para ficar e a opção pela união de fato começou a ser preferível ao casamento. Segundo um levantamento efetuado no início do ano pela Exponoivos, o custo médio de um casamento em Portugal é de 26 mil euros, enquanto há dez anos rondava os 20 mil euros. Ainda assim, em 2013 foram mais de 31 mil as pessoas que escolheram dar o nó.
Considerado por muitos como “o dia mais feliz da sua vida”, a organização de um casamento pode ser um autêntico poço de preocupações. É importante que use e abuse da sua criatividade e de ferramentas como o “Google for Weddings” para manter-se organizado e não deixar que o orçamento derrape.
Tendo em conta que nem todos os casais conseguem um orçamento sem limites para o dia do enlace, o Saldo Positivo dá-lhe uma série de dicas para conseguir celebrar este dia mesmo com um orçamento limitado.

1. Vestido de Noiva e Fato de Noivo em segunda-mão: 350 euros

Na hora de poupar para o custo do casamento, não se pode olhar a meios para conseguir manter o orçamento equilibrado. Por isso mesmo, comprar em segunda-mão ou aderir às lojas de trocas para conseguir um vestido de noiva a seu gosto pode ser a solução para quem quer casar e gastar pouco dinheiro. Numa pesquisa realizada no portal de classificados OLX, é possível encontrar vestidos de noiva a partir de 150 euros. O mesmo acontece com o fato de noivo: No mesmo portal consegue encontrar fatos para noivos completos a partir dos 200 euros.
Comprar o tecido e pedir a uma modista para o fazer à medida também pode ser uma opção, tendo em conta que fica sempre mais barato do que comprar um vestido de noiva. Se preferir, pode ainda utilizar o vestido de noiva de um familiar, como a sua mãe ou avó, e fazer alguns arranjos para torná-lo mais moderno e adaptá-lo ao seu gosto.

2. Alianças de ouro em nove quilates: 200 euros

Se optar por alianças de ouro de nove quilates saiba que pagará um preço bastante inferior ao preço das alianças de ouro em 14 quilates ou 19,2 quilates. Dependendo do seu gosto pode encontrar alianças em ouro ou ouro branco a partir de 85 euros.

3. Copo de Água: 25 euros por convidado

Esta é a parte que irá consumir a maior fatia do seu orçamento. O preço do copo de água vai sempre depender do número de convidados e da hora do seu casamento. Por exemplo, se a cerimónia for depois de almoço está a poupar numa refeição, o que pode tornar a boda mais barata. Se optar por casar durante um dia da semana também é possível encontrar preços mais em conta.
Uma menor diversidade de pratos (sendo que algumas das sobremesas podem ser preparadas em casa) pode também ser uma alternativa para quem quer cortar nos gastos. No que toca às bebidas, sendo este um dia festivo não vão poder faltar os vinhos e algumas bebidas digestivas. Neste caso, contactar fornecedores pode tornar-se mais vantajoso do que aderir ao pacote do espaço onde irá realizar o casamento. Alguns sites dedicados a casamentos, como é o caso do Casamentoclick podem ajudá-lo a encontrar quintas e restaurantes que organizam eventos perto da sua área de residência a preços acessíveis (a partir dos 25 euros). Por exemplo, se pagar 25 euros por 75 convidados terá uma despesa total de 1.875 euros.

4. Despesas com o processo de casamento: 200 euros

Pelo processo e registo de casamento, os noivos têm de pagar um encargo de 120 euros. Mas se quiser que o notário se desloque para fora da conservatória, para local a combinar, o custo dos emolumentos é de 200 euros. Já o casamento pela igreja pode ter algumas diferenças de preço que variam consoante a paróquia. Não se esqueça que terá que iniciar o processo de casamento junto da Conservatória pelo menos um mês antes da data que escolheu, sendo que este processo tem um prazo de validade de seis meses.

5. Convites: 7,99 euros

O preço dos convites irá sempre depender do número de convidados. Mas se optar por fazê-los em casa, este encargo ficará mais em conta. Por exemplo, três pacotes de 25 envelopes para 75 convidados podem ficar-lhe por três euros. E se comprar uma resma de papel colorido para imprimir os convites, esta compra deverá ficar-lhe por 4,99 euros, segundo um site de artigos de papelaria consultado pelo Saldo Positivo. Se não tiver impressora em casa, pode sempre dirigir-se a um centro de cópias onde geralmente o preço por cópia não ultrapassa os cinco cêntimos. Não se esqueça que para rentabilizar o papel poderá imprimir dois convites em formato A5 numa folha A4.

6. Fotógrafo: 80 euros

A melhor solução é sempre pedir a um amigo com jeito para a fotografia para ser o fotógrafo oficial da festa. Mas como esta poderá ser uma tarefa demasiado cansativa para o seu amigo, peça-lhe apenas para tirar as fotos durante a cerimónia e as fotos dos convidados com os noivos. Para ter o registo fotográfico do resto do dia opte por colocar máquinas fotográficas descartáveis nas mesas dos convidados e peça-lhes para irem tirando eles próprios fotografias ao longo do dia. O custo deste tipo de máquina é de 10 euros e sendo que terá que dispor de uma máquina por mesa, o valor total deverá atingir os 80 euros- para um casamento de 75-80 convidados distribuídos por 10 mesas.

7. Animação na festa: 700 euros

Para poupar algum dinheiro com a banda ou animador da festa, por que não utilizar um mp3 ligado a umas colunas com algumas definição de som com várias músicas conhecidas para animar os convidados antes e depois da cerimónia? Se preferir contratar músicos saiba que nem todos estão dispostos a tocar apenas umas horas e, por isso, é provável que tenha de optar por um pacote destinado a todo o dia do seu casamento. O pacote poderá ser adaptado aos gostos dos noivos e modificado para incluir animação infantil, por exemplo. De acordo com uma pesquisa efetuada pelo Saldo Positivo, a despesa total com este serviço pode chegar aos 700 euros. Se possuir uma consola de jogos pode também optar por adquirir jogos de karaoke para se divertir depois das refeições principais do copo de água, sendo esta uma opção também mais amiga da carteira.

8. Arranjos florais: 64 euros

Nenhuma noiva faz a sua chegada ao espaço do casamento sem o ramo de flores. Se não possuir um jardim de onde poderá fazer você mesmo o ‘bouquet’, contacte uma florista e peça-lhe para fazer um ‘bouquet’ bonito e arranjado. Se evitar fazer a referência de que se trata de um ‘bouquet’ para noivas poderá sentir um desagravamento do preço. Por exemplo: Um simples ‘bouquet’ de rosas brancas pode custar-lhe 40 euros no site Florista, mas se pedir um ‘bouquet’ de rosas brancas para noivas o preço pode ultrapassar os 100 euros. É certo que não será um ‘boquet’ tão elaborado, nem completo, mas para quem tem um orçamento muito limitado poderá ser uma opção.
Uma forma original de fazer centros de mesa com arranjos florais é recorrer às ervas aromáticas. Geralmente com um preço simpático pode plantá-las em casa e esperar que deem o ar da sua graça no dia do enlace. Um pacote de sementes pode custar entre um euro e 2,5 euros, enquanto que um vaso pequeno de barro pode custar 0,50 cêntimos. Se tiver oito mesas para os convidados o custo dos centros de mesa pode atingir os 24 euros.

9. Lembranças: 59,25 euros

Aproveitando a ideia das ervas aromáticas dos centros de mesa, pode oferecer aos convidados pequenos saquinhos com as sementes. Um saco em poliéster pode ficar a 0,25 cêntimos cada. Pode também optar por outro tipo de brindes como leques, ímans ou canetas sendo que o seu valor total pode depender do número de convidados. Feitas as contas, o valor das lembranças para oferecer aos convidados não deverá ultrapassar os 60 euros.

10. Lua-de-Mel: 500 euros

O orçamento apertado pode ser uma condicionante para fazer uma lua-de-mel paradisíaca numa praia de sonho. Mas existem locais bem perto do nosso país que podem ficar mais em conta e garantir uma lua-de-mel com que sempre sonhou. Porto Santo, ilhas Canárias ou ilhas Baleares são exemplos de locais de férias a dois frequentemente escolhidos pelos casais. O custo da viagem está dependente da época escolhida, do destino escolhido, do alojamento pretendido e do sistema desejado (só pequeno-almoço; meia-pensão ou regime de tudo incluído). Tudo depende do tamanho da sua carteira. Mas numa pesquisa efetuada por vários sites de viagens é possível reservar umas férias em Palma de Maiorca pelo preço de 488 euros (para as duas pessoas). No entanto, tome nota que as simulações efetuadas incluem apenas o voo e o alojamento em hotel de duas estrelas (com piscina e a 150 metros da praia) durante cinco noites, durante o mês de setembro. As refeições não estão incluídas no preço, nem os ‘transfers’ do aeroporto para o hotel (e vice-versa), por isso, aos valores aqui apresentados terá ainda de contabilizar estas despesas.

Fonte: saldopositivo.cgd.pt