Segundo um estudo coordenado pelo psicólogo Eduardo Sá em 2008, um casal da classe média gasta em média entre 236 euros e 678 euros por mês e por filho, até aos 25 anos de idade. Por isso mesmo, antes da chegada de um filho convém sentir-se preparado financeiramente para a despesa que ele acarreta. O Saldo Positivo ajuda-o a perceber como pode construir um orçamento para o seu bebé.
1. Prepare-se antes de engravidar
Nem todos os filhos são planeados, mas se está a pensar em engravidar pode começar por tomar alguns passos que ajudem a preparar o seu orçamento. Olhe para as suas poupanças e para o seu rendimento e verifique se consegue suportar financeiramente a chegada de um bebé. Faça contas aos gastos previsíveis: além das fraldas e da alimentação, não se esqueça das despesas de saúde e preveja já os encargos que terá quando colocar o seu filho numa creche. Para ter a certeza de que o seu orçamento está preparado para a chegada de mais um elemento experimente viver durante alguns meses só contando com um salário de um dos elementos do casal.Além disso, se tem um seguro de saúde ou está a pensar em subscrever um seguro desta natureza analise se a apólice inclui a cobertura de parto e quais as condições em que poderá acionar esta cobertura. Este aspeto poderá ser importante dado que os períodos de carência deste tipo de coberturas são elevados (podendo ser superiores a um ano).
2. Estipule um orçamento para o bebé
Decida primeiramente quanto quer gastar na compra de mobília para o quarto do recém-nascido e na cadeira e carrinho de transporte, uma vez que estas serão as compras mais dispendiosas nos primeiros tempos. Pergunte aos seus familiares e amigos que têm filhos o que podem dispensar em roupa, brinquedos ou até outro tipo de acessórios para bebé, que possa aproveitar, mas também informar-se sobre aquilo que realmente necessita. Compre a mobília em segunda mão, por exemplo, e seja criativo no seu uso futuro quando o bebé já não precisar. Prefira fazer as suas compras faseadas de forma a não sobrecarregar o seu orçamento familiar. Comece também a pesquisar creches e jardins-de-infância, se não tiver um sistema de suporte familiar que possa utilizar, de forma a perceber qual a melhor que se adequa ao seu nível de exigência no que toca à educação do seu filho e ao tamanho da sua carteira.3. Depois da chegada do bebé
A partir de agora, o seu estilo de vida irá alterar-se na medida em que as saídas para jantar com os amigos serão mais escassas com um recém-nascido em casa. Poupe os euros que ia gastar com este tipo de despesas e guarde-os para uma despesa imprevista. É imperativo que inicie uma conta-poupança em nome do seu filho com o objetivo de pagar a creche, ou a universidade ou até a compra de um carro, quando ele atingir a maioridade. Mesmo que se tratem de pequenos montantes, não deixe de poupar. Por exemplo: se poupar 75 euros por mês, durante 20 anos, e se aplicar este montante num produto financeiro que lhe ofereça um juro médio anual de 3%, chegará ao fim deste período e acumulará um pé-de-meia no valor aproximado de 25 mil euros.Ao mesmo tempo esteja atento aos apoios sociais dados pelo Estado, como é o caso do abono de família e verifique se tem condições para beneficiar de algum destes apoios. Para ter mais informações sobre este tema poderá consultar a área do site da segurança social dedicada aos apoios para encargos com crianças e jovens aqui.
Nos últimos anos, a taxa de natalidade tem vindo a diminuir
consideravelmente. No ano passado, e segundo dados do INE, nasceram
menos sete mil bebés em Portugal do que em 2011. Ao contrário, a idade
com que as mulheres têm o primeiro filho tem vindo a aumentar, uma vez
que em 2012 a idade média era de 29,5 anos, quando em 2008 se situava
nos 28,4 anos. Um claro sinal que a importância da estabilidade
profissional, pessoal e financeira da mulher ganhou mais peso nos
últimos anos.
Fonte: saldopositivo.cgd.pt
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