sexta-feira, 16 de maio de 2014

Como preparar financeiramente a chegada de um bebé?

Saiba o que deve fazer financeiramente se está a pensar em engravidar ou se está à espera de bebé.

Segundo um estudo coordenado pelo psicólogo Eduardo Sá em 2008, um casal da classe média gasta em média entre 236 euros e 678 euros por mês e por filho, até aos 25 anos de idade. Por isso mesmo, antes da chegada de um filho convém sentir-se preparado financeiramente para a despesa que ele acarreta. O Saldo Positivo ajuda-o a perceber como pode construir um orçamento para o seu bebé.

1. Prepare-se antes de engravidar

Nem todos os filhos são planeados, mas se está a pensar em engravidar pode começar por tomar alguns passos que ajudem a preparar o seu orçamento. Olhe para as suas poupanças e para o seu rendimento e verifique se consegue suportar financeiramente a chegada de um bebé. Faça contas aos gastos previsíveis: além das fraldas e da alimentação, não se esqueça das despesas de saúde e preveja já os encargos que terá quando colocar o seu filho numa creche. Para ter a certeza de que o seu orçamento está preparado para a chegada de mais um elemento experimente viver durante alguns meses só contando com um salário de um dos elementos do casal.
Além disso, se tem um seguro de saúde ou está a pensar em subscrever um seguro desta natureza analise se a apólice inclui a cobertura de parto e quais as condições em que poderá acionar esta cobertura. Este aspeto poderá ser importante dado que os períodos de carência deste tipo de coberturas são elevados (podendo ser superiores a um ano).

2. Estipule um orçamento para o bebé

Decida primeiramente quanto quer gastar na compra de mobília para o quarto do recém-nascido e na cadeira e carrinho de transporte, uma vez que estas serão as compras mais dispendiosas nos primeiros tempos. Pergunte aos seus familiares e amigos que têm filhos o que podem dispensar em roupa, brinquedos ou até outro tipo de acessórios para bebé, que possa aproveitar, mas também informar-se sobre aquilo que realmente necessita. Compre a mobília em segunda mão, por exemplo, e seja criativo no seu uso futuro quando o bebé já não precisar. Prefira fazer as suas compras faseadas de forma a não sobrecarregar o seu orçamento familiar. Comece também a pesquisar creches e jardins-de-infância, se não tiver um sistema de suporte familiar que possa utilizar, de forma a perceber qual a melhor que se adequa ao seu nível de exigência no que toca à educação do seu filho e ao tamanho da sua carteira.

3. Depois da chegada do bebé

A partir de agora, o seu estilo de vida irá alterar-se na medida em que as saídas para jantar com os amigos serão mais escassas com um recém-nascido em casa. Poupe os euros que ia gastar com este tipo de despesas e guarde-os para uma despesa imprevista. É imperativo que inicie uma conta-poupança em nome do seu filho com o objetivo de pagar a creche, ou a universidade ou até a compra de um carro, quando ele atingir a maioridade. Mesmo que se tratem de pequenos montantes, não deixe de poupar. Por exemplo: se poupar 75 euros por mês, durante 20 anos, e se aplicar este montante num produto financeiro que lhe ofereça um juro médio anual de 3%, chegará ao fim deste período e acumulará um pé-de-meia no valor aproximado de 25 mil euros.
Ao mesmo tempo esteja atento aos apoios sociais dados pelo Estado, como é o caso do abono de família e verifique se tem condições para beneficiar de algum destes apoios. Para ter mais informações sobre este tema poderá consultar a área do site da segurança social dedicada aos apoios para encargos com crianças e jovens aqui.


Nos últimos anos, a taxa de natalidade tem vindo a diminuir consideravelmente. No ano passado, e segundo dados do INE, nasceram menos sete mil bebés em Portugal do que em 2011. Ao contrário, a idade com que as mulheres têm o primeiro filho tem vindo a aumentar, uma vez que em 2012 a idade média era de 29,5 anos, quando em 2008 se situava nos 28,4 anos. Um claro sinal que a importância da estabilidade profissional, pessoal e financeira da mulher ganhou mais peso nos últimos anos.

Fonte: saldopositivo.cgd.pt

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